Como proteger as mãos e os membros superiores no manuseio de produtos químicos?

27 dez
2021

Recentemente, o Brasil foi considerado 2.º país do G20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo) em mortalidade por acidentes no trabalho. Isso mesmo que você leu: 2.º lugar!

De 2002 a 2020, o país registrou uma taxa de seis óbitos a cada 100 mil empregos formais, de acordo com um relatório do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Nestes oito anos, foram registrados em nosso país cerca de 5,6 milhões de doenças e acidentes de trabalho, que geraram um gasto previdenciário de mais de R$ 100 bilhões. Em termos globais, estima-se que as doenças e os acidentes do trabalho produzam a perda de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial a cada ano, para já não falar nos prejuízos familiares e humanos, que são incalculáveis.

Em 2020, ano de início da pandemia da Covid-19, os acidentes de trabalho graves notificados ao Ministério da Saúde subiram 40%, mesmo que os acidentes em geral tenham diminuído em relação a 2019.

Todos estes números mostram que o mundo e o Brasil ainda têm muito que avançar na proteção aos seus trabalhadores. Segundo especialistas, embora, no caso do nosso país, a legislação seja, de fato, bastante exigente, a prática ainda apresenta falhas, sobretudo ao nível da prevenção.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 50% dos acidentes de trabalho ocorrem nas mãos, braços e antebraços, um índice extremamente preocupante, atendendo à importância destas partes do corpo para o desempenho autônomo de diversas tarefas.

Apesar de a maioria destes danos serem causados por objetos cortantes, estes membros estão também sujeitos a outros tipos de riscos, nomeadamente os riscos químicos, via contato com diversos tipos de produtos nocivos.

Depois de termos abordado os riscos mecânicos em outro artigo recente, é precisamente deste tipo de risco que falamos no post de hoje. Em seguida, mostramos os EPIs que podem fazer a diferença na prevenção de acidentes envolvendo agentes químicos.

Vem com a gente!

 

Riscos químicos para as mãos e membros superiores

Os riscos químicos e biológicos são aqueles decorrentes do contato com produtos químicos e agentes biológicos nocivos. São assim considerados os produtos químicos que, durante a fabricação, transporte, armazenamento, manuseio ou uso, possam oferecer riscos à saúde dos trabalhadores.

A Norma Regulamentadora (NR) 26 é a responsável por padronizar os procedimentos de controle e rotulagem deste tipo de produtos. Ela determina que os agentes devem ser classificados de acordo com sua potencialidade de oferecer perigo ao trabalhador.

Já na NR 9, do hoje extinto Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), são considerados agentes químicos todos os compostos ou substâncias que podem penetrar no corpo humano pela via respiratória ou ser absorvidos por meio do contato direto com a pele ou por meio da ingestão.

Então, esquematizando, temos:

– Contaminação por inalação;

– Contaminação por meio da ingestão;

– A contaminação por contato com o tecido cutâneo.

Este último tipo é o que nos interessa sobretudo neste artigo. Mãos, braços e antebraços, estão são membros que estão mais diretamente em contato com os produtos químicos, precisamente por serem responsáveis pelo manuseio de recipientes.

Por exemplo, o benzeno é um conhecido agente carcinogênico. Ele está presente em combustíveis fósseis, como a gasolina e o diesel, e algumas colas, tintas, ceras de móveis e detergentes. Quando em direto contato com a pele por determinado tempo pode ocasionar o câncer. Além de câncer resultado de contato prolongado, dependendo da quantidade absorvida, o benzeno pode provocar dores de cabeça, tontura, tremores, sonolência, náuseas, taquicardia, falta de ar, convulsões, perda de consciência, coma e até a morte.

Outros compostos podem causar danos irreparáveis quando em contato direto com a pele, como queimaduras profundas, vermelhidão, bolhas, descamação, rápida desidratação cutânea, corrosão da pele etc. Os ácidos, como o nítrico, sulfúrico e fluorídrico, são exemplos disso. Outra substância com toxicidade aguda é o hidróxido de amônio, usado na produção de fertilizantes. Quando em contato com a pele humana, ele pode produzir necrose dos tecidos e queimaduras profundas.

Portanto, é essencial que ambientes de trabalho que lidem com produtos como estes ou semelhantes ofereçam a proteção adequada aos seus trabalhadores.

Em seguida, vejamos três tipos de EPIs para estes casos.

 

Luvas de segurança

 Luva de segurança verde

Na NR 6, a norma regulamentadora que estabelece as medidas que devem ser tomadas em relação à aquisição, à distribuição e à utilização de EPIs, os agentes químicos são incluídos na listagem dos tipos de proteção oferecidas por luvas.

Este tipo de luvas deve ser confeccionada com materiais resistentes, que não sejam corroídos pelo contato direto com líquidos perigosos. Afinal, são estes EPIs que proporcionam uma barreira de proteção, impedindo o contato direto da pele do trabalhador com os químicos nocivos.

Na hora de adquirir este tipo de equipamento para a sua equipe é importante observar aspectos como design ergonômico, segurança no toque e materiais aos quais o fabricante garante proteção. O Certificado de Aprovação (C. A.) é outro item que deve ser observado, claro.

Por exemplo, a Microflex® 93-260 (C.A. 41.040) da Ansell® é uma luva produzida em três camadas, para uma maior proteção da pele da mão e do antebraço do trabalhador. A camada externa de nitrilo forma uma barreira contra vários solventes orgânicos, enquanto a camada intermediária de neoprene macio fornece resistência a ácidos e bases; já a camada interna final fornece uma sensação seca, que facilita o manuseio de frascos.

E não necessariamente as luvas contra produtos químicos devem ser grossas. A Microflex® 93-260 apresenta uma espessura de apenas 0,19 mm proporcionando tato, ajuste, destreza, sensibilidade e flexibilidade excepcionais.

 

Conectores de luvas

Conectores de luvas ajudam a dar uma fixação mais segura entre a luva e a manga do trabalhador, impedindo que esta suba e deixe a pele desprotegida.

Conectores amarelos

Trata-se de uma alternativa muito mais confiável do que o uso de uma “gambiarra”, como fita adesiva – não, não se deve fazer isso de modo algum!

Os conectores devem ter ajuste rápido e simples, de modo a evitar pausas desnecessárias na produtividade.

Além disso, é importante que sejam compatíveis com várias luvas, para melhor custo-benefício. É o caso do Conector de Luva AlphaTec®, da Ansell®, que oferece encaixe fácil no cone e no colar e compatibilidade com vários tipos de luvas.

 

Mangotes de segurança

Mangote amarelo

Os mangotes são equipamentos especialmente desenvolvidos para a proteção de braços e antebraços – ou seja, eles cobrem totalmente estes membros e deixam o trabalhador protegido contra uma vasta gama de riscos. No caso dos produtos químicos, por vezes, quando há riscos de respingos ou quando o usuário tem que introduzir o braço em algum recipiente mais comprido, só a luva não é suficiente.

Por exemplo, o Mangote Modelo 600 (C.A. n.º 41.887), também da Ansell®, forma uma segunda pele com barreiras multicamadas, protegendo o trabalhador de contra diversos produtos químicos. Como ambas as extremidades são elásticas e na cor amarela, ele dá alta visibilidade para aumentar a segurança dos trabalhadores.

Quer saber mais sobre as soluções da Ansell® para a proteção química das mãos e membros superiores? A Corsul conta com uma ampla variedade de luvas e mangotes voltados para essa necessidade de uma das líderes do mercado de EPIs. Entre em contato conosco clicando aqui.

Até o próximo post!

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