No contexto laboral, a “proteção auditiva” é a designação dada ao conjunto de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) destinados especificamente a proteger a audição dos trabalhadores. Isso é necessário em contextos tão diversos quanto indústrias, aeroportos, espetáculos musicais e até salas de aula.
A audição é um dos sentidos mais importantes do corpo humano, ajudando os trabalhadores a estabelecerem relações com o ambiente circundante, seja mantendo-os alerta para os perigos ou garantindo a comunicação com os colegas.
Além disso, os ouvidos são também responsáveis pelo equilíbrio do nosso corpo. Eles são capazes de converter ondas sonoras em impulsos nervosos que são interpretados pelo cérebro como sons, auxiliando na interpretação de nossos movimentos, por meio do chamado Sistema Vestibular.
Sendo assim, problemas no sistema auditivo provocam danos consideráveis à vida de qualquer trabalhador. A chama “Perda Auditiva Induzida por Ruído” (Pair) é, por isso, um risco laboral que deve ser objeto da atenção das empresas, quando da formulação da política de segurança. Entende-se por “ruído” qualquer estímulo sonoro indesejável e pode também estar associado a calor, vibrações e exposição a substâncias químicas que ajudam a deteriorar a acuidade auditiva.
A Norma Regulamentadora n.º 07 (NR-07) determina que todos os trabalhadores com exposição a ruídos acima de 85 decibéis (dB) devem ser submetidos a exame de audiometria no momento da admissão – só para termos uma ideia, a turbina de um avião a jato produz ruídos da ordem dos 140 dB! O teste deve ser refeito periodicamente, de seis em seis meses. Além disso, para atenuar os efeitos destes ruídos, EPIs específicos devem ser adotados e conjugados a outras boas práticas.
É precisamente isso de que tratamos no post de hoje! Em seguida, apresentamos os tipos de protetores auriculares mais comuns no mercado e quais são as especificidades de cada um.
É um guia prático para ajudar a decidir quais equipamentos adotar em cada situação. Vem com gente!
Protetores auriculares adequados a cada caso
A NR 15, norma regulamentadora que trata de atividades laborais insalubres, lista e o tempo máximo de exposição dos trabalhadores a ruídos, de acordo com faixas de dB. Vejamos essa correspondência na tabela a seguir:
A NR15 dispõe que não é permitida a exposição a níveis de ruído acima de 115 dB para indivíduos que não estejam adequadamente protegidos. E isso só é possível com o uso de EPIs voltados para a proteção auditiva.
Estes EPIs são descritos no Anexo I da NR 6 e devem ser fornecidos pelo empregador. Segundo a NR, são eles:
- a) protetor auditivo circum-auricular (também conhecidos como “fones” ou “abafadores”);
- b) protetor auditivo de inserção (também conhecidos como “plugs” ou “tampões”);
- c) protetor auditivo semi-auricular.
Esta é uma classificação mais básica e, a partir dela, é possível fazer uma mais minuciosa, de acordo com as características de cada equipamento. Vejamos precisamente isso a seguir:
Abafadores
Os abafadores são formados por um arco tensor que circunda a cabeça do usuário ou um suporte que se acopla ao capacete, ligado a duas “conchas” que, dependendo do seu material, proporcionam diferentes níveis de atenuação de ruídos.
Estas conchas são feitas com materiais isolantes, que servem justamente para abafar os ruídos externos indesejados, diminuindo os seus efeitos nocivos sobre o canal auditivo.
Em geral, eles oferecem uma proteção moderada – basta pensar que, em geral, eles permitem a passagem da frequência da voz humana. São sobretudo recomendados para situações necessitam da manutenção da comunicação e para trabalhadores que circulam tanto por zonas ruidosas quanto silenciosas, pois podem ser retificados mais facilmente. Além disso, eles podem ser manuseados com luvas ou mesmo com as mãos sujas, porque não há contato direto com o canal auditivo do trabalhador.
Atenção às necessidades de cada caso, pois os abafadores podem atrapalhar o uso de outros equipamentos, como óculos de proteção.
É importante também referir que, nos últimos anos, a tecnologia vem revolucionando este tipo de EPIs. Ainda a respeito da manutenção da comunicação, já há modelos, como Peltor™ da 3M™, que está adaptado com tecnologia para fazer e receber chamadas, mesmo em ambientes muito ruidosos – assim, o trabalhador não tem que sair do local ou remover a proteção para conseguir ouvir e se fazer ouvir. Com um microfone equipado com um sistema de cancelamento de ruídos, tecnologia bluetooth e a alta resistência a ambientes como fábricas e sites de construção civil, o comunicador do Peltor™ pode ser utilizado com apenas um toque.
Protetores de inserção moldável
Os protetores auriculares de inserção moldável, como o próprio nome indica, são aqueles que se adaptam à parte interna do ouvido do usuário, oferecendo proteção contra diferentes níveis de ruídos e barulhos agudos.
Eles são fabricados com um tipo de espuma bem maleável, que se encaixa perfeitamente ao canal auditivo. Para inserir este EPI, o trabalhador deve “apertar” o protetor e soltá-lo na abertura do ouvido, onde ele assumirá o formato interno do canal, preenchendo-o. Isso reduz significativamente a exposição a níveis altos de ruídos externos.
Em geral, estes protetores são descartáveis, ou seja, não podem ser lavados e reutilizados. O ideal é que só sejam manuseados com as mãos limpas, em virtude do contato direto com o canal do ouvido, pois a sujeira pode causar infecções. Alguns modelos, como Protetor Auricular 1110 da 3M™ (foto), vêm equipados com cordão, para ajudar a prevenir a perda por parte do usuário.
Protetores pré-moldados
Os protetores pré-moldados também são de inserção no canal auditivo e também oferecem proteção. A diferença em relação ao tipo anterior é que eles têm um formato definitivo, ou seja, eles não mudam de forma para se encaixar ao local. Em geral, eles têm um formato cônico, com camadas de diferentes tamanhos.
Este formato ergonômico também acaba preenchendo parte do interior do ouvido, permitindo a diminuição do impacto da percepção de sons indesejados. O ideal é que a inserção seja fácil e possa ser feita com apenas uma mão. É importante também os materiais sejam de qualidade e com uma ponteira macia, para maior conforto do usuário.
Uma vantagem é que eles são laváveis com água e sabão e podem ser reutilizados de acordo com a indicação do fabricante. Por exemplo, o modelo Protetor Auditivo E-A-R™ Flexible Fit da 3M™ pode ser lavado e reutilizado por até duas semanas!
De inserção parcial
Os protetores auriculares de inserção parcial contam com cones, como protetores pré-moldados, que ficam na área interna do ouvido do trabalhador, e hastes de plástico, para o suporte acima da cabeça ou atrás do pescoço.
Dependendo da atividade desenvolvida pelos trabalhadores, podem ser uma boa solução, oferecendo uma maior fixação ao uso do equipamento.
Esperamos que este post tenha ajudado a esclarecer dúvidas sobre os diferentes tipos EPI o aparelho auditivo dos seus trabalhadores.
A 3M™, nossa parceira aqui na Corsul, tem uma ampla linha de soluções voltadas para este tipo de proteção. O Protetor Auditivo 3M™ E-A-R™ Flexible Fit, que mencionamos anteriormente neste artigo, é confeccionado em espuma macia, encapsulada e durável, que dispensa roletar o equipamento para encaixá-lo no interior do ouvido. O formato da ponteira em conjunto com a espuma macia proporcionam um ajuste muito mais confortável, proporcionando uma excelente proteção a níveis de ruído perigosos.
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