Existem no mercado diversos tipos de tecido, com diferentes características. Por exemplo, o tecido de algodão é uma fibra de origem vegetal, de toque suave, com fios de diferentes espessuras etc.
De forma geral, em alguma medida, os tecidos impedem a evaporação do suor produzido naturalmente pelo corpo humano – só que a intensidade dessa barreira varia de tecido para tecido. Exemplo da matéria-prima algodão, pode-se afirmar que esse tecido não permite grande circulação e transpiração do ar. Uma evidência disso são as manchas de suor nas camisetas, que demoram a secar.
É por isso que falamos do conceito de “respirabilidade” dos tecidos. Trata-se da capacidade de um tecido permitir que a transpiração produzida pelo nosso corpo passe, através do seu material, para ambiente externo. Essa propriedade é essencial para o nosso conforto térmico e fisiológico, afetando o próprio metabolismo e a fisiologia do corpo.
De um ponto de vista mais técnico, a respirabilidade é a taxa de transmissão de vapor de umidade (TTVU), que mensura quão rapidamente a umidade produzida pelo corpo sob a forma de suor passa através de um tecido para o lado externo à barreira criada pela roupa. Essa taxa é medida calculando a quantidade de vapor de água (massa de umidade advinda do corpo) que passa por metro quadrado de tecido durante um determinado período (normalmente de 24 horas).
Como já referimos, a respirabilidade de um tecido influencia na própria fisiologia do seu usuário. Para controlar a temperatura, o nosso corpo produz e libera o suor, um líquido sintetizado pela glândula sudorípara. Esse líquido começa a ser produzido devido principalmente às condições do ambiente externo, o nosso corpo eleva a sua temperatura, ficando acima dos 37°C. Ao ser liberado, o suor inicia um processo de evaporação e, com isso, ocorre a liberação de energia calorífica, que faz o corpo esfriar.
Sendo assim, quanto mais o tecido impedir a evaporação do suor, maior fica a temperatura corporal. A respirabilidade é especialmente importante em condições extremas, como a que envolve o trabalho de um bombeiro durante o combate a um incêndio estrutural (que ocorre dentro de um edifício).
Caso a TTVU seja muito baixa em uma vestimenta de combate a incêndio, o bombeiro corre o risco de ter hipertermia. Trata-se de um fenômeno no qual o corpo humano é incapaz de dissipar a alta quantidade de calor absorvido por conta da elevação da temperatura externa – os incêndios podem atingir temperaturas que chegam aos 1.200 ºC.
Além disso, caso tenha hipertermia e esteja realizando alto esforço físico durante o combate a um incêndio estrutural, o bombeiro corre o risco de aumentar sobremaneira o ritmo dos batimentos do coração e vir a ter um ataque cardíaco ou um AVC (acidente vascular cerebral). Em casos menos graves, há o risco de câimbras e de complicações musculares que podem ocorrer mesmo horas depois do esforço.
Então, pode-se compreender que é de suma importância que esses profissionais, que desempenham um papel essencial para a sociedade, vistam roupas e equipamentos seguros e adequados às características do trabalho que eles desempenham.
Por isso, a respirabilidade é um tópico muito presente nas normativas europeias. Por exemplo, na EN 469, há um parâmetro específico para a medição dessa variável. Trata-se da resistência evaporativa térmica ou RET, que expressa pela unidade de medida m².Pa/W (sua norma de ensaio é a ISO 11092). Quanto menor o valor da RET, mais respirável é o compósito de tecidos. No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e legislações específicas estabelecem os critérios das vestimentas e demais EPIs dos bombeiros civis.
Sabendo da importância que uma proteção adequada tem para essa classe profissional, a Hércules by Ansell, parceira da Corsul, vem desenvolvendo o que há de mais avançado no mercado de EPIs para atender às necessidades de quem já trabalha em condições extremas. Trata-se de calças, blusões, capacetes e luvas especialmente desenhadas para os bombeiros brasileiros.
No post de hoje, destacamos as características e os funcionamentos de 5 desses equipamentos voltados para o combate a incêndios estruturais. Continue a leitura para saber mais!
Conjunto de calça e blusão (T2) HJ910T2 e HJ920T2
Certificado de Aprovação (C. A.) n.º 32.772
Norma em Conformidade: EN 469
Principais características:
– Com excelente respirabilidade, o conjunto oferece segurança para bombeiros militares e brigadistas. Impermeável, proporciona ainda resistência ao corte e à abrasão.
– Possui faixas refletivas resistentes a chamas e forro fixo e costura em matelassê.
– Fechamento frontal em zíper e velcro para mais segurança. Mangas tipo raglã com fole interno, bolso inferior e cabedal para o polegar.
Capa T2 HJ905T2
C. A.º 9.236
Norma em Conformidade: EN 469
Principais características:
– Capa 7/8 com excelente respirabilidade, ideal para trabalhos mecânicos e em temperatura elevada.
– Conta com forro fixo em costura matelassê e fechamento frontal em zíper e velcro, ambos em material resistente a chamas.
– A sua camada externa é composta por 93% meta-aramida, 5% para-aramida e 2% fibras antiestática com RIP STOP.
– Barreira de umidade em filme de poliuretano e barreira térmica com feltro em viscose e tecido em meta-aramida.
Capacete HF09204
C.A.º 35173
Principais características:
– Capacete de segurança em material termoplástico com visor transparente, ideal para combate a incêndios estruturais em temperaturas de até 250 °C de aproximação.
– Com acabamento externo liso e brilhante, oferece resistência a impacto e a chamas.
– Revestimento interno com almofada de óxido de polifenileno, revestido com uretano expandido para resistir a impactos.
– Suspensão fixa através de seis cadarços flexíveis de apoio.
– Apresenta aba em toda sua lateral e frontal, tornando-se maior na parte traseira, evitando, assim, que produtos e água possam cair dentro da vestimenta.
Balaclava HJ66000
C.A.º 40.604
Norma em Conformidade: EN 13911
Principais características:
– Capuz balaclava com uma camada de 300g/m2.
– Confeccionada em malha de fibra aramida, com reforço costurado e bainha na parte inferior.
– Conta com abertura na parte dos olhos.
– Ideal para atividades como bombeiro estrutural e demais atividades de altas temperaturas, sendo resistente a temperaturas de até 250 °C de aproximação.
Luva HJ6508026
C.A.º 28.099
Normas em Conformidade: EN 388/ EN 420/ EN 407
Principais características:
– Luva de bombeiro, em vaqueta preta com forro em filme de poliuretano.
– Toda a costura e os punhos foram feitos em malha para-aramida.
– Confeccionada com dorso liso em elástico, tira de reforço entre o polegar e indicador e dedo central com reforço no mesmo material.
– Composta por multicamadas, para operações com temperaturas e produtos líquidos e abrasivos.
– Resistente a temperaturas de até 250 °C de aproximação.
Para adquirir os produtos da Hércules by Ansell especialmente voltados às necessidades do combate aos incêndios estruturais basta entrar em contato com a Corsul e solicitar seu orçamento.
Até o próximo post!