Vestimentas de combate a incêndio estrutural: a importância da respirabilidade

17 maio
2021

Existem no mercado diversos tipos de tecido, com diferentes características. Por exemplo, o tecido de algodão é uma fibra de origem vegetal, de toque suave, com fios de diferentes espessuras etc.

De forma geral, em alguma medida, os tecidos impedem a evaporação do suor produzido naturalmente pelo corpo humano só que a intensidade dessa barreira varia de tecido para tecido. Exemplo da matéria-prima algodão, pode-se afirmar que esse tecido não permite grande circulação e transpiração do ar. Uma evidência disso são as manchas de suor nas camisetas, que demoram a secar.

É por isso que falamos do conceito de respirabilidade dos tecidos. Trata-se da capacidade de um tecido permitir que a transpiração produzida pelo nosso corpo passe, através do seu material, para ambiente externo. Essa propriedade é essencial para o nosso conforto térmico e fisiológico, afetando o próprio metabolismo e a fisiologia do corpo.

De um ponto de vista mais técnico, a respirabilidade é a taxa de transmissão de vapor de umidade (TTVU), que mensura quão rapidamente a umidade produzida pelo corpo sob a forma de suor passa através de um tecido para o lado externo à barreira criada pela roupa. Essa taxa é medida calculando a quantidade de vapor de água (massa de umidade advinda do corpo) que passa por metro quadrado de tecido durante um determinado período (normalmente de 24 horas).

Como já referimos, a respirabilidade de um tecido influencia na própria fisiologia do seu usuário. Para controlar a temperatura, o nosso corpo produz e libera o suor, um líquido sintetizado pela glândula sudorípara. Esse líquido começa a ser produzido devido principalmente às condições do ambiente externo, o nosso corpo eleva a sua temperatura, ficando acima dos 37°C. Ao ser liberado, o suor inicia um processo de evaporação e, com isso, ocorre a liberação de energia calorífica, que faz o corpo esfriar.

Sendo assim, quanto mais o tecido impedir a evaporação do suor, maior fica a temperatura corporal. A respirabilidade é especialmente importante em condições extremas, como a que envolve o trabalho de um bombeiro durante o combate a um incêndio estrutural (que ocorre dentro de um edifício).

Caso a TTVU seja muito baixa em uma vestimenta de combate a incêndio, o bombeiro corre o risco de ter hipertermia. Trata-se de um fenômeno no qual o corpo humano é incapaz de dissipar a alta quantidade de calor absorvido por conta da elevação da temperatura externa – os incêndios podem atingir temperaturas que chegam aos 1.200 ºC.

Além disso, caso tenha hipertermia e esteja realizando alto esforço físico durante o combate a um incêndio estrutural, o bombeiro corre o risco de aumentar sobremaneira o ritmo dos batimentos do coração e vir a ter um ataque cardíaco ou um AVC (acidente vascular cerebral). Em casos menos graves, há o risco de câimbras e de complicações musculares que podem ocorrer mesmo horas depois do esforço.

Então, pode-se compreender que é de suma importância que esses profissionais, que desempenham um papel essencial para a sociedade, vistam roupas e equipamentos seguros e adequados às características do trabalho que eles desempenham.

Por isso, a respirabilidade é um tópico muito presente nas normativas europeias. Por exemplo, na EN 469, há um parâmetro específico para a medição dessa variável. Trata-se da resistência evaporativa térmica ou RET, que expressa pela unidade de medida m².Pa/W (sua norma de ensaio é a ISO 11092). Quanto menor o valor da RET, mais respirável é o compósito de tecidos.  No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e legislações específicas estabelecem os critérios das vestimentas e demais EPIs dos bombeiros civis.

Sabendo da importância que uma proteção adequada tem para essa classe profissional, a Hércules by Ansell, parceira da Corsul, vem desenvolvendo o que há de mais avançado no mercado de EPIs para atender às necessidades de quem já trabalha em condições extremas. Trata-se de calças, blusões, capacetes e luvas especialmente desenhadas para os bombeiros brasileiros.

No post de hoje, destacamos as características e os funcionamentos de 5 desses equipamentos voltados para o combate a incêndios estruturais. Continue a leitura para saber mais!

Conjunto de calça e blusão (T2) HJ910T2 e HJ920T2

Certificado de Aprovação (C. A.) n.º 32.772

Norma em Conformidade: EN 469

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Principais características:                

– Com excelente respirabilidade, o conjunto oferece segurança para bombeiros militares e brigadistas. Impermeável, proporciona ainda resistência ao corte e à abrasão.

– Possui faixas refletivas resistentes a chamas e forro fixo e costura em matelassê.

– Fechamento frontal em zíper e velcro para mais segurança. Mangas tipo raglã com fole interno, bolso inferior e cabedal para o polegar.

Capa T2 HJ905T2           

C. A.º 9.236

Norma em Conformidade: EN 469

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Principais características:

– Capa 7/8 com excelente respirabilidade, ideal para trabalhos mecânicos e em temperatura elevada.

– Conta com forro fixo em costura matelassê e fechamento frontal em zíper e velcro, ambos em material resistente a chamas.

– A sua camada externa é composta por 93% meta-aramida, 5% para-aramida e 2% fibras antiestática com RIP STOP.

– Barreira de umidade em filme de poliuretano e barreira térmica com feltro em viscose e tecido em meta-aramida.

 

Capacete HF09204

C.A.º 35173

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Principais características:

– Capacete de segurança em material termoplástico com visor transparente, ideal para combate a incêndios estruturais em temperaturas de até 250 °C de aproximação.

– Com acabamento externo liso e brilhante, oferece resistência a impacto e a chamas.

– Revestimento interno com almofada de óxido de polifenileno, revestido com uretano expandido para resistir a impactos.

– Suspensão fixa através de seis cadarços flexíveis de apoio.

– Apresenta aba em toda sua lateral e frontal, tornando-se maior na parte traseira, evitando, assim, que produtos e água possam cair dentro da vestimenta.

Balaclava HJ66000

C.A.º 40.604

Norma em Conformidade: EN 13911

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Principais características:

– Capuz balaclava com uma camada de 300g/m2.

– Confeccionada em malha de fibra aramida, com reforço costurado e bainha na parte inferior.

– Conta com abertura na parte dos olhos.

– Ideal para atividades como bombeiro estrutural e demais atividades de altas temperaturas, sendo resistente a temperaturas de até 250 °C de aproximação.

Luva HJ6508026

C.A.º 28.099

Normas em Conformidade: EN 388/ EN 420/ EN 407

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Principais características:

– Luva de bombeiro, em vaqueta preta com forro em filme de poliuretano.

– Toda a costura e os punhos foram feitos em malha para-aramida.

– Confeccionada com dorso liso em elástico, tira de reforço entre o polegar e indicador e dedo central com reforço no mesmo material.

– Composta por multicamadas, para operações com temperaturas e produtos líquidos e abrasivos.

– Resistente a temperaturas de até 250 °C de aproximação.

Para adquirir os produtos da Hércules by Ansell especialmente voltados às necessidades do combate aos incêndios estruturais basta entrar em contato com a Corsul e solicitar seu orçamento.

Até o próximo post!

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