Em um post recente aqui no blog (este aqui), nós falamos sobre a importância da proteção dos membros superiores, que são responsáveis diretos pelo desempenho de inúmeras funções no dia a dia do trabalhador.

Igualmente importantes são os membros inferiores, compreendidos por cintura pélvica, coxa, perna e pé. São eles que tornam possível o processo de locomoção e dão postura e sustentação ao nosso corpo. Por isso, é essencial que sejam protegidos de modo adequado durante o trabalho, juntamente com as mãos, a cabeça ou os olhos.

A Norma Regulamentadora n.° 6 (ou NR 6), documento do extinto Ministério do Trabalho e Emprego, determina a obrigatoriedade de equipamentos de proteção individual (EPIs) para os membros inferiores.

Apesar disso, segundo o Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho (AEAT), elaborado pela Secretaria de Previdência do atual Ministério da Economia, os pés ocupam o segundo lugar no ranking de partes do corpo mais atingidas por acidentes de trabalho. Somente em 2017 foram 35.656 casos. Esses números são especialmente preocupantes na medida em que um acidente envolvido os membros inferiores podem deixar o trabalhador total ou parcialmente imóvel.

Neste post, abordamos a importância dos calçados enquanto equipamentos de proteção individual no desempenho de determinadas atividades laborais.  Além de entender os aspectos legais por detrás de tais acessórios, você vai aprender a como escolher o modelo mais apropriado para cada situação. É só continuar a leitura!

A importância do calçado enquanto EPI

EPI é definido pela lei como qualquer dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Em consonância com essa definição, os calçados de segurança são aqueles desenvolvidos especificamente para proteger os pés (e até parte das pernas) quando há o risco da integridade física dos trabalhadores durante a execução de determinadas atividades.

Conforme determina a legislação, nomeadamente a já referida NR 6, tais equipamentos devem ser fornecidos pelos empregadores, sob o risco de penalidades.

Os calçados de segurança são importantes porque oferecem proteção contra diferentes tipos de riscos. Resumidamente, tais riscos podem ser classificados do seguinte modo:

– riscos biológicos, como vírus, fungos e bactérias;

– riscos químicos, impedindo o contato direto com a pele de substâncias corrosivas, líquidos e vapores;

– riscos físicos, como temperaturas extremas (altas e baixas) ou radiação;

– riscos ergonômicos, envolvendo atividades repetitivas ou com alto impacto nos membros inferiores;

– riscos mecânicos, como choques e pesos.

Entendendo os tipos e as classificações dos calçados de segurança:

Tipos de calçados mais comuns:

Tipo A – Sapatos

Tipo B – Botinas

Tipo C – Coturno

De acordo com a alínea G do Anexo I, os EPIs para proteção dos pés são:

  1. a) proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos;
  2. b) proteção contra agentes provenientes de energia elétrica;
  3. c) proteção contra agentes térmicos;
  4. d) proteção contra agentes abrasivos e escoriantes;
  5. e) proteção contra agentes cortantes e perfurantes;
  6. f) proteção e pernas contra umidade proveniente de operações com uso de água;
  7. g) proteção contra respingos de produtos químicos.

Além dessa classificação, os calçados de segurança são divididos em três principais categorias: calçados de segurança, calçados de proteção e calçados ocupacionais. Vejamos:

Calçados de segurança

Devem estar de acordo com a ABNT NBR ISO 20345. São recomendados para ambientes com maiores riscos e devem proteger o trabalhador de impactos de até 20 kg em até 1 metro de altura. Para isso, são reforçados com biqueiras de aço ou composite (material formado pela mistura de fibra de carbono, vidro e poliéster especial).

Na prática, isso significa proteção para o pé que entrar em contato com um botijão de gás de 8kg lançado de uma janela a um metro de altura.

Calçados de proteção

Devem estar de acordo com a ABNT NBR ISO 20346. São recomendados para ambientes com maiores intermediários, pois protegem os usuários de impactos de até 10 kg em até 1 metro de altura. Contam com biqueiras de aço ou composite.

 

Calçados ocupacionais

Devem estar de acordo com a ABNT NBR ISO 20347. São recomendados para ambientes de riscos leves e não contam com uma biqueira de proteção. Podem ser de cano baixo, botina, meio cano (tipo coturno), cano longo e extralongo. Em termos de materiais, podem ser de cabedal, forro, solado e palmilha.

Modelos mais comuns

A partir dessa classificação, temos os modelos mais comuns para a proteção dos pés.

Botas de PVC

Fabricados três modelos de cano (alto, médio e baixo), são utilizadas para a proteção dos pés contra riscos leves, como locais úmidos, molhados e escorregadios.

Botas com biqueira de aço

O bico de aço é ideal para a proteção dos dedos contra o impacto de objetos pesados.

Botas com biqueira de composite

É substancialmente mais leve do que o aço, oferecendo a mesma proteção. Como alternativa ao aço, o uso é indicado para ambientes com risco de choque elétrico, por não conter partes metálicas.

Botas térmicas

Proporcionam conforto térmico ao trabalhador e são por isso ideais para proteção em ambientes frios e úmidos, como câmaras frigoríficas.

A escolha do calçado de segurança ideal para a sua equipe deve logicamente levar em conta o tipo de risco a que eles estarão submetidos. Como vimos os agentes de risco podem basicamente ser físicos, químicos, biológicos ou ergonômicos.

Outro aspecto importantíssimo a levar em consideração é a verificação do Certificado de Aprovação (CA). Com ele, é possível ter certeza de que o EPI foi fabricado de acordo com todas as exigências de segurança, garantindo a qualidade do produto e a proteção do trabalhador.

A Corsul  trabalha com as melhoras fabricantes de calçados de segurança do mercado, todas devidamente certificadas com o CA.

Nossos parceiros Bracol, Marluvas, Conforto e Softworks oferecem muitas opções para calçados de segurança que atende diferentes tipos de necessidades.

E em sua empresa, será que os calçados de segurança estão atendendo corretamente as normas e oferecendo a melhor proteção aos seus colaboradores contra as atividades de risco?! Entre em contato conosco agora mesmo, nossos técnicos poderão te ajudar.

Até o próximo post!

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